Thursday, February 02, 2006

Made in Sweden

Nascida na Suécia, Greta Garbo chegaria aos Estados Unidos em 1925, acompanhando seu mentor, o diretor Mauritz Stiller, ambos contratados pela MGM. Stiller logo seria demitido e voltaria para a Europa, enquanto Garbo se tornava "A Divina", expressão talvez tomada do filme The Divine Woman - que estrelou em 1928.

Embora o cinema falado tivesse eclodido em 1927, liquidando carreiras de astros de primeira linha, cujas suas vozes foram consideradas impróprias para o microfone, o estúdio evitou expor Garbo até 1930, quando ela faria Anna Christie, seu primeiro "talkie".

Ao interpretar a espiã
"Mata Hari"
, em 1931, Greta Garbo tornou-se a maior estrela do cinema americano. Em 1932 contracena com os irmãos Barrymore em Grande Hotel. Em Rainha Christina - 1933 - contracenando com com John Gilbert, faz uma das mais extensas sequencias sem diálogo do cinema falado.

Na segunda metade da década de 30 é protagonista daqueles que hoje são considerados seus maiores clássicos: faz a personagem de Tolstoi, Anna Karenina, em 1935; A Dama das Camélias, de Dumas, em 1936 e finalmente Conquest, em 1937, onde vive a Condessa Marie Walewska, amante de Napoleão.

Em 1939 Garbo ri, na sua primeira comédia - Ninotchka, onde é a agente russa que aos poucos se deixa seduzir por Melvyn Douglas e pela decadente Paris dos anos 30.

Em 1941, aos 36 anos, Greta Garbo faz seu último trabalho: Two-Faced Woman, nunca mais retornando às telas, apesar das insistentes solicitações da indústria de filmes.

Mais do que nunca, Garbo mostrou sua afinada percepção de tempo. Continuar seria desfazer a fascinação provocada pela sua imagem na tela, afinal um mito não envelhece nem morre; o mito existe para sempre, imutável na nossa imaginação.

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