Thursday, September 14, 2006

Sob os Céus de Paris

Embora não seja um projeto de Lina Bo Bardi, é chegada a hora da torre acima contar com um patrocínio. Porque não da Telecom? Podendo ostentar seu nome na famosa estrutura, a multinacional das comunicações se sentiria grata em assumir boa parte das despesas com a manutenção do monumento; afinal se ninguém é de ferro, a torre é. Anualmente, toneladas de tinta são necessárias para manter o oxigenio longe do metal. E tanta tinta custa muitos, muitos euros. Sem falar que o QRS que se destaca no horizonte parisiense passaria a ter, além de nome, sobrenome. Na verdade é uma idéia bem mais cativante do que se construir, ao lado da torre já existente, uma nova Babel, dotada de mirante com vista para o mar, pelo menos nos dias claros...; mesmo que saída da prancheta de um arquiteto da magnitude de um Júlio Neves.

Ao se aproveitar a torre atual, além de economizarmos o custo da construção de uma nova, impediriamos que o novo projeto descaracterizasse o horizonte que nos é tão caro. Sem falar que preservariamos a torre que temos hoje da sombra desta nova construção, próxima demais para ser inofensiva e utilitária demais para substituir o símbolo da engenharia romântica do entardecer do século XIX.

Allons enfants de la patrie! Que o terceiro centenário da revolução encontre o reluzente nome da Telecom, sob os céus de Paris!