Friday, June 29, 2007

Bate-Papo

O Diário Oficial do Estado de São Paulo publicou na última segunda-feira - no meio de um despacho em um processo de despejo por não pagamento -um trecho do bate-papo entre André e Luciana, dois funcionários da justiça. Os funcionários estariam trocando idéias via MSN, alguém acabou misturando as telas e a conversa, que era particular, acabou indo parar nas páginas do jornal. A imprensa oficial já prometeu que irá caçar a bruxa responsável pelo feitiço.

Saturday, June 23, 2007

Bugatti Veyron 16.4













Cada Bugatti Veyron, feito à mão, custa US$ 1,25 milhão. Seu extraordinário motor W16 tem tantos cilindros e turbos quanto quatro Subaru Impreza WRX – e mais potência. O Bugatti acelera mais rápido que um carro da NASCAR e é mais veloz que uma máquina da Fórmula 1. Ainda assim, é dócil como um Lexus. Ele é o carro de produção em série mais rápido, mais veloz e mais caro jamais comercializado.

O Veyron é a visão de um homem – Ferdinand Piëch, ex-presidente do grupo VW no mundo – e a Bugatti não ganhará nem um centavo com toda a produção antecipada de apenas 300 carros (50 por ano, no máximo, com aproximadamente um terço deles destinados aos EUA). Sua principal missão é ser a máquina de sonhos da marca, reintroduzindo essa lendária fabricante francesa no mercado em um estilo mais do que adequado.

Comparações com Ferrari Enzo, Maserati MC12, Mercedes-Benz SLR e o McLaren F1 de uma década atrás são inevitáveis, mas irrelevantes. Esses carros incorporam o ethos (espírito) dos carros de corrida em exóticas máquinas de rua. O Veyron 16.4, ao contrário, foi concebido para ser o mais sensacional Gran Turismo (GT) de luxo do mundo, um carro que acaba empregando considerável tecnologia de corrida para chegar lá. E a diferença na performance é significativa.

Dirigir o Veyron 16.4 é, sem dúvida, uma experiência como nenhuma outra.

O Veyron na pista

Pilotar o 16.4 através de um dos túneis da Sicília, na Itália, com 1,6 km de comprimento e com o velocímetro batendo nos 280 km/h, é entender a sensação de uma bala de ponta oca viajando pelo cano longo de uma Magnum .44. As luzes do túnel se tornam borrões e o rumor de subwoofer do W16 é maximizado pelas paredes de pedra. Aquele pontinho branco ali adiante representa o fim do cano e sair dele para a luz do dia produz a mesma explosão luminosa de um tiro.

Espremer o pedal do acelerador traz uma resposta controlada de mil (e um!) cv, que precisa ser sentida para ser digna de crédito. Os quatro turbos e o sistema de gerenciamento do motor entregam potência na medida em que os pneus a agüentam e a gravidade empurra todos os órgãos internos para um mesmo lugar.

Você desacelera a meros 100 km/h ou algo parecido apenas para poder acelerar de novo e fazer tudo outra vez.

Mesmo assim, com toda a sua força bruta, há refinamento, sofisticação, suavidade. A condução é firme, mas mais flexível que a de qualquer outro superesportivo.

Pegue uma pista irregular e não se ouve nenhum ruído mais seco, perceptível em veículos de suspensão dura e uso intensivo de fibra de carbono. Barulhos de vento são admiravelmente baixos, ainda que o rumor produzido pelos pneus Michelin PAX, feitos sob encomenda para o Veyron dependa do tipo de piso e condição.

A direção bem calibrada responde rapidamente em baixas velocidades, mas mesmo quando almeja o infinito, o Veyron se mantém sobre trilhos. Há gerenciamento aerodinâmico quando o carro está em ação: painéis difusores móveis na dianteira, altura da suspensão ajustável conforme a velocidade, extratores de ar traseiros e um aerofólio traseiro que não está de brincadeira.

Esses são itens obrigatórios para um carro que chega a 320 km/h com facilidade.

Apesar do limite de velocidade nas estradas, a estabilidade do Bugatti em altas velocidades – um problema recorrente no início do desenvolvimento do carro – é impecável a velocidades sãs e insanas.

O motor W16 de 8 litros é diferente de qualquer coisa que já tenha impulsionado um automóvel. Seu deslocamento cúbico e o quarteto de turbos bem gerenciado garantem que ele tenha potência em qualquer ponto da escala de rotação. Apesar dos números superlativos, ele não é um motor de rotações absurdas, como o V12 do Ferrari Enzo ou do McLaren F1. Ele ronca mais como um pequeno terremoto, cujos pontos na escala Richter podem ser controlados pelo pé direito. Ele começa com um zumbido, mantém a marcha-lenta como um Rolex e despeja potência suficiente para pregar sua espinha ao banco.

Tão impressionante quanto o motor é a transmissão do Veyron. A caixa de marchas com duas embreagens do grupo Volkswagen, de trocas seqüenciais (Audi TT, VR6 e A3), foi superdimensionada para suportar essa montanha de potência e recebeu sete marchas para conseguir a proeza. As trocas são instantâneas, sem hesitações ou demoras comuns em outras caixas de embreagem automatizada. Reduções de marcha são igualmente excepcionais, acompanhadas pelo característico aumento de rotações do motor. A Ferrari já quer comprar o projeto.

A cabine é recheada de materiais de boa aparência/toque/cheiro. Detalhes em alumínio com acabamento de cetim.

O único opcional sem custo para o consumidor é a escolha de bancos “Comfort” ou “Sport”. Se há um ponto fraco é a visibilidade. Há um ponto cego do lado direito e a localização do vidro esquerdo não é a ideal. A tela de navegação é embutida no retrovisor interno – posição boa para a linha de visão – mas muito pequena. E o porta-malas dianteiro é do tamanho de uma caixa de sapatos, mas tem espaço suficiente para levar o vestido de coquetel de sua acompanhante, além de uma garrafa de champanhe Cristal.

A Bugatti cumpriu cada uma das promessas que fez para o Veyron. Ele atende todos os critérios estabelecidos por Piëch quando ele foi anunciado e o faz com autoridade. Luxuoso, elegante, marcante, exclusivo, loucamente caro e enlouquecedoramente rápido, o Veyron estabelece um novo patamar para os veículos Grand Touring.

Por: Matt Stone
Para: Webmotors

Wednesday, June 20, 2007

50 Anos Depois

1957: Um ano antes da fabricação de Christine - carro que a novela de Stephen King acabaria tornando famoso - a Chrysler promovia o Plymouth Belvedere, enterrando - em Tulsa, Oklahoma - um exemplar da série.

Eram os anos quentes da guerra fria. A expectativa de um conflito, que varreria da superfície todas as referências a uma época estava presente e assombrava o inconsciente coletivo.

Assim, o carro, combustível, óleo e mapas de Tulsa, foram sepultados numa cápsula do tempo, com abertura prevista para o longínquo 15 de junho de 2007.

Veja abaixo o filme do enterro do carro.




E aqui, as imagens e a descrição da exumação, 50 anos depois:

http://www.allpar.com/history/auto-shows/time-capsule.html

Monday, June 18, 2007

Lubrax

Em 1984, fez sucesso a campanha do óleo Lubrax, protagonizada por Iris Lettieri. A cada dia a apresentadora aparecia tirando uma peça de roupa, criando a idéia de que acabaria nua perante as câmeras.
Assista abaixo, de uma só vez, a sequencia de imagens responsável pelo suspense.

Saturday, June 16, 2007

Voz de Aeroporto

Presente nos principais aeroportos brasileiros, a voz de Iris Lettieri tornou-se, principalmente no eixo Rio-São Paulo, a inconfundível "voz de aeroporto".

Clique na foto ao lado e conheça uma das mais famosas locutoras brasileiras.

Thursday, June 14, 2007

Universos Paralelos

No mundo da física não faltam teorias interessantes. Uma delas supõe a existência de infinitos universos paralelos. Cada ação, omissão ou evento, no momento em que ocorre, nos remete a um universo próprio e, se você está aí, agora, é porque as opções e eventos, ocorridos durante toda sua vida, assim o determinaram.

Supõe ainda, que você exista simultaneamente em cada um desses universos paralelos, nos quais ocorreram outras escolhas e acontecimentos. Você repetido em um número igual a todas as possibilidades de mudança de rumo que ocorreram em sua vida. Trata-se de um número exponencialmente alto, que tende ao infinito.

Se os acontecimentos durante a década de 50 e início dos anos 60 nos tivessem encaminhado para um desses universos alternativos, talvez o meio-dia e meia de 22 de novembro de 1963 assinalasse apenas o início de mais uma tarde de outono, em Dallas - Texas.

Monday, June 11, 2007

Video Box

Quando você comprar sua TV de plasma ou LCD é bom ver quem faz o serviço de entrega.

Saturday, June 09, 2007

Old Glory or Nihon Glory



Old Glory chega ao Mt. Suribachi, Iwo Jima, de Joe Rosenthal - abaixo uma visão diferente do evento. A foto, tirada em 23 de fevereiro de 1945, até hoje é objeto de discussão. Foi uma foto posada ou o instantâneo de um momento real? Rosenthal, que ganhou o prêmio Pulitzer pela foto, sempre garantiu o instantâneo real. Mas muita gente não se convenceu. De qualquer forma, trata-se de uma das imagens mais difundidas da Segunda Guerra Mundial, usada largamente como material de propaganda pelo governo americano, como uma forma de amenizar o impacto negativo da morte de milhares de marines no conflito.

Como fazer uma apresentação

Baseado no Curso de Expressão Verbal, de Reinaldo Polito:

São diversas as situações em que saber se comunicar é importante.

Oralmente, pode-se tratar de uma simples conversa, uma palestra ou a exposição de um produto. Por escrito, pode ser desde escrever um memorando, um relatório, um texto jornalístico ou até um livro.

Em qualquer tipo de comunicação, falada ou escrita, devemos atentar para as quatro partes que constituirão nosso discurso:

1 - Introdução

2 - Preparação

3 - Assunto Central

4 - Conclusão

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PRELIMINARES:

-TIPO DE PLATÉIA

Devemos ter sempre em mente que a comunicação se destina a uma platéia, que pode ser constituída por uma ou mais pessoas. A comunicação só existe porque existe o ouvinte.

É importante verificar quem é o nosso público. Falar da mesma forma para qualquer auditório é um erro. A mensagem deve ser adaptada às características do grupo a que nos dirigimos.

Por exemplo:

Um público ignorante com certeza não entenderá abstrações e reflexões. Quando nos dirigirmos a ele devemos passar informações concretas e objetivo e, se for o caso, fazer uso de estorinhas. Caso levantemos uma reflexão, será necessário dar a conclusão.

Um público com mais preparo tem prazer em chegar, por si, às conclusões.

Quando nos dirigimos a especialistas será inútil e tedioso falar em termos superficiais, por outro lado, ao nos dirigirmos a leigos, o contra-indicado é procurar abordar temas numa profundidade que inviabilize seu acompanhamento.

O público jovem é idealista, tende a pensar no futuro.

O público idoso é saudosista, sente pouca atração pelo futuro.

É de grande importância o fato de falarmos com homens ou com mulheres.

-INTERESSE DO PÚBLICO

Para estabelecermos uma sintonia com a platéia, é importante saber quais são os interesses das pessoas a quem dirigimos a palavra.

Nosso grupo poderá estar primordialmente focado em:

-Dinheiro
-Realização profissional
-Família
-Poder
-Amor
-Política
-Religião
-etc

-PÚBLICO DESCONHECIDO

Quando nos deparamos com um auditório desconhecido, podemos inferir sua características notando detalhes, por exemplo:

-como as pessoas se sentam
-como se vestem ou penteiam o cabelo
-tipo de relógio que usam
-como reagem à observações sutis (é um indicativo do preparo da platéia).
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INTRODUÇÃO:

No primeiro segmento de nosso discurso, nosso objetivo é conquistar o ouvinte.

Nesta etapa devemos EVITAR:

-Contar piadas
-Pedir desculpas (seja por problemas físicos ou pela falta de preparo)
-Tomar partido (em assuntos polêmicos ou controversos)
-Fazer perguntas, quando não desejamos a resposta do auditório
-Prometer algo que não possamos cumprir
-Ser previsíveis

Devemos utilizar o VOCATIVO de acordo com as circunstâncias.
As pessoas devem ser cumprimentadas pela ordem de importância e, se for o caso, com destaque para a maior autoridade presente.

Formas de se INICIAR a exposição:

-Aludir à ocasião.

As formas a seguir são úteis no início da exposição, mesmo que o público seja o do pior tipo: o público indiferente.

-Usar uma frase de impacto
-Usar um fato bem humorado - de preferência com uma informação do momento
-Contar uma estória
-Mostrar a utilidade para o público da apresentação que vai ser feita (vantagens).
-Levantar uma reflexão.

Menos problemático que o público indiferente, temos o público hostil
A hostilidade pode ser dirigida ao orador, ao tema ou ao ambiente.

Hostilidade ao orador - Pode ser devida ao fato do público não acreditar na autoridade ou na experência de quem vai falar. Cabe aí, ao orador, demonstrar que tem autoridade e experiência para tratar do tema.

A hostilidade ao orador pode ser atribuída ao fato dele ser desconhecido do público, o recurso, no caso, é estabelecer uma identidade, que pode ser:
-Identidade de pessoa - Procurar, na platéia, um conhecido com prestígio junto ao público.
-Identidade de tempo - Citar um fato ocorrido, ou a ocorrer, de conhecimento do público.
-Identidade de lugar - Citar o prédio, o bairro ou a cidade - conhecidos do público.

Se a hostilidade ao orador for devida ao fato dele ser jovem ou novo na função e houver dúvidas quanto à sua autoridade, o recurso mais eficaz é fazer uma citação de uma autoridade que seja respeitada pela platéia.

Se a hostilidade se dirigir ao tema, é importante:

-Não tomar partido
-Criar um campo de neutralidade
-Listar os pontos que temos em comum com o público

Para hostilidade ao ambiente, devemos prometer brevidade e fazer o possível para manter o prometido.

Uma forma de conquistar a simpatia do público é elogiando-o e reconhecendo sua importância naquela apresentação.

Em se tratando de situações onde tenhamos um antagonista, destacar as qualidades do concorrente ou adversário também é um recurso válido para se obter simpatia.

Recapitulando:

Na introdução iniciamos com: uma alusão à ocasião, um elogio ao público ou ao adversário. Podemos usar uma frase de impacto, um fato bem-humorado, uma estória interessante ou podemos levantar uma reflexão. Devemos apresentar as vantagens para a platéia, construir um campo de neutralidade com os pontos que temos em comum com os ouvintes, devemos demonstrar autoridade de forma sutil, podemos citar uma autoridade e fazer uma promessa de brevidade.

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PREPARAÇÃO - Pode ser dividida em três partes: preposição, narração e divisão.

Preposição: Uma ou duas frases que resumem o conteúdo do assunto e aonde pretendemos chegar (nem sempre essa fase é possível, como no caso do assunto ser contrário ao interesse do ouvinte).

Narração - permite três abordagens - sendo que uma das duas últimas podem ser simultâneas com a primeira:

1ª Abordagem: Retrospecto histórico - antecedentes do assunto que vai ser tratado.
2ª Abordagem: Levantar um problema - para o qual apresentaremos a solução no assunto central.
3ªAbordagem: Dar a solução a um problema - aí, no assunto central, fazer o detalhamento da solução.

Divisão: Dividir o assunto em três ou quatro partes, o que facilita o entendimento (essa divisão pode ser comunicada à platéia).
(nem sempre a divisão deve ser expressa, como no caso do assunto ser único ou a fala curta, mas mesmo assim, podemos fazer uma divisão mental).

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O ASSUNTO CENTRAL:

No assunto central devemos desenvolver a preposição - lembra, aquela uma ou duas linhas que resumiam o assunto? A esta etapa chamamos CONFIRMAÇÃO.

É a hora da argumentação com exemplos, estatísticas, estudos, teses e testemunhos.
Os argumentos fortes devem ser apresentados separados e de forma individualizada.
Os argumentos fracos devem ser apresentados em conjunto
Para argumentos com pesos diferentes devemos apresentar primeiro um argumento médio e, posteriormente, seguir do mais fraco até o mais forte.

É o momento de ilustrar o assunto com estórias, nossas de preferência, afinadas com o momento.
Caso nos refiramos à grandezas, devemos traduzí-las em valores que façam sentido para os ouvintes. Por exemplo: toneladas de asfalto em quilómetros.

Para ligar duas idéias importantes usamos os chamados elementos de transição, que podem ser:

-Perguntas - por ex.: O que ocorreu a partir dessa decisão?
-Frases - por ex.: Passemos agora a um dos pontos mais importantes do relatório.
-Expressões - por ex.: enquanto isso, concluindo, portanto.
-Resgate de Informações - por ex.: conforme dissemos anteriormente...

Os elementos de transição ligam a informação passada com aquela que pretendemos colocar a seguir.

-RECUPERAÇÃO DO FOCO DE ATENÇÃO DA PLATÉIA:

Depois de um tempo de exposição, pode ocorrer uma falta de concentração da platéia na figura do orador, entre os recursos para recuperá-lo podemos citar:

-movimentação do corpo, depois de alguns minutos.
-recursos audio-visuais - ligar o retroprojetor, por exemplo.
-contar uma estória aproveitando as circunstâncias
-um comentário rápido e leve, para relaxar a platéia.

-A REFUTAÇÃO - A DEFESA DOS ARGUMENTOS

As objeções nem sempre são expressas, mas mesmo assim devem ser refutadas. Senão, não adianta ir até o final. A platéia não irá comprar nosso produto e nossas idéias.
Como muitas vezes nós nem sabemos se a objeção existe, devemos tomar cuidado para não sermos nós a levantá-la. O que devemos fazer é reforçar a linha de argumentação, apresentando como um ponto positivo a refutação da objeção não expressa.

A refutação segue um critério inverso ao da confirmação:
Os argumentos frágeis devem ser refutados um a um.
Argumentos com pesos diferentes devem ser refutados do mais forte para o mais fraco.

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CONCLUSÃO:

Nesta etapa nosso objetivo é levar o ouvinte à ação ou à reflexão. Fazemos isso através da RECAPITULAÇÃO, que nada mais é do que o resgate da preposição: uma ou duas frases sobre aquilo que falamos.

-FORMAS DE ENCERRAMENTO

Aqui resgatamos a INTRODUÇÃO:

-Aludindo à ocasião
-Valorizando a atenção da platéia
-Colocando uma frase de impacto
-Utilizando um fato bem humorado
-Fazendo um reflexão
-Fazendo uma citação

-INFLEXÃO NA CONCLUSÃO

Se nós encerrarmos falando no mesmo ritmo do nosso discurso, vai ficar difícil para o ouvinte saber que terminamos. Para evitar isso utilizamos o recurso de alteração da inflexão da voz.
Basicamente podemos optar por uma das duas formas a seguir:

-Aumentar a velocidade da vocalização na conclusão.
-Diminuir a velocidade da vocalização ao proferirmos a última frase de nosso discurso.

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RESUMO -



INTRODUÇÃO: conquista do ouvinte.



PREPARAÇÃO:

contamos o assunto - PREPOSIÇÃO

levantamos um problema ou apresentamos uma solução, junto com dados históricos - NARRAÇÃO

dividimos o assunto - DIVISÃO



ASSUNTO CENTRAL:

confirmamos e desenvolvemos a preposição - CONFIRMAÇÃO

apresentamos argumentos contra as possíveis objeções - REFUTAÇÃO



CONCLUSÃO:

resgatamos a preposição, agora como algo demonstrado - RECAPITULAÇÃO

encerramos, resgatando a introdução e dando à voz a inflexão correta.

Wednesday, June 06, 2007

Silhueta

Caminho para o Forum romano.

O Medo

Em verdade temos medo.
Nascemos escuro.
As existências são poucas:
Carteiro, ditador, soldado.
Nosso destino, incompleto.

E fomos educados para o medo.
Cheiramos flores de medo.
Vestimos panos de medo.
De medo, vermelhos rios
vadeamos.

Somos apenas uns homens
e a natureza traiu-nos.
Há as árvores, as fábricas,
Doenças galopantes, fomes.

Refugiamo-nos no amor,
este célebre sentimento,
e o amor faltou: chovia,
ventava, fazia frio em São Paulo.

Fazia frio em São Paulo...
Nevava.
O medo, com sua capa,
nos dissimula e nos berça.

Fiquei com medo de ti,
meu companheiro moreno,
De nós, de vós: e de tudo.
Estou com medo da honra.

Assim nos criam burgueses,
Nosso caminho: traçado.
Por que morrer em conjunto?
E se todos nós vivêssemos?

Vem, harmonia do medo,
vem, ó terror das estradas,
susto na noite, receio
de águas poluídas. Muletas

do homem só. Ajudai-nos,
lentos poderes do láudano.
Até a canção medrosa
se parte, se transe e cala-se.

Faremos casas de medo,
duros tijolos de medo,
medrosos caules, repuxos,
ruas só de medo e calma.

E com asas de prudência,
com resplendores covardes,
atingiremos o cimo
de nossa cauta subida.

O medo, com sua física,
tanto produz: carcereiros,
edifícios, escritores,
este poema; outras vidas.

Tenhamos o maior pavor,
Os mais velhos compreendem.
O medo cristalizou-os.
Estátuas sábias, adeus.

Adeus: vamos para a frente,
recuando de olhos acesos.
Nossos filhos tão felizes...
Fiéis herdeiros do medo,

eles povoam a cidade.
Depois da cidade, o mundo.
Depois do mundo, as estrelas,
dançando o baile do medo.

Carlos Drummond de Andrade

Como estudar e aprender - A técnica SQ3R

Memorizar e decorar são coisas diferentes. É impossível memorizar algo que você não tenha entendido. Memorizar é criar associações que permitem o resgate do assunto quando necessário. A decoreba funciona mais como uma muleta para o aprendizado e não é uma técnica efetiva de estudo.

Um dos sistemas considerado mais eficiente para quem vai estudar um assunto é a chamada Técnica SQ3R. O nome é composto pelas iniciais das cinco etapas da estratégia: Skim, Question, Read, Recite e Review.

1. Skim : Antes da leitura atenta e completa, dê uma olhada por todo o capítulo. Leia os resumos, esquemas e conceitos a serem estudados. Analise rapidamente a relação de hierarquia entre cada tópico. Essa leitura prévia ( ensinada em cursos de leitura dinâmica) é muito útil como primeira etapa do aprendizado.

2. Question : Questione-se sobre a importância do capítulo. O que se deve aprender ao ler essa seção ou capítulo? O que está sendo abordado? Repita esse questionamento sempre que for iniciar um novo segmento.

3. Read : Leia o capítulo inteiro de uma vez. Evite particionar o assunto a ser lido, pois você pode perder a idéia de conjunto . É importante que essa leitura seja feita com bastante atenção. Procure um ambiente que favoreça à concentração.

4. Recite: Anote palavras-chave (ou faça um mapa mental) que lembre de todo o conjunto e conte com suas próprias palavras o texto lido. É importante anotar suas visões sobre o assunto focado (resumo pessoal), em vez de simplesmente copiar as frases do livro. Desse modo, consegue-se uma maior articulação sobre a matéria. Uma outra estratégia interessante é a criação de novas perguntas e suas respectivas respostas sobre o assunto, como se você fosse o professor e o aluno ao mesmo tempo. Esse é o momento para fazer todos os exercícios que seu livro ou apostila contém sobre o ponto.

5. Review : É a hora de colocar seus estudos a prova. Tente falar sobre o assunto estudado sem utilizar qualquer material. Se achar que o resultado não foi satisfatório, refaça os passos 2 a 4.