Sunday, December 30, 2007

A Idade de Ser Feliz

Existe somente uma idade para a gente ser feliz

somente uma época na vida de cada pessoa
em que é possível sonhar e fazer planos
e ter energia bastante para realizá-los
a despeito de todas as dificuldades e obstáculos

Uma só idade para a gente se encantar com a vida
e viver apaixonadamente
e desfrutar tudo com toda intensidade
sem medo nem culpa de sentir prazer

Fase mágica,
em que a gente pode criar e recriar a vida
à nossa própria imagem e semelhança
e sorrir e cantar e brincar e dançar
e vestir-se com todas as cores
e entregar-se a todos os amores
experimentando todos os seus sabores
sem preconceito nem pudor

Tempo de entusiasmo e de coragem
em que todo desafio é mais um convite à luta
que a gente enfrenta com toda a disposição
de tentar algo novo,
de novo e de novo, e quantas vezes for preciso

Essa idade, tão fugaz na vida da gente,
chama-se presente,
e tem apenas a duração do instante que passa ...
doce pássaro do aqui e agora
que quando se dá por ele, já partiu para nunca mais!


Geraldo Eustáquio de Souza


Monday, December 24, 2007

Tuesday, December 18, 2007

Memória

Max Gehringer


Nas relações humanas no trabalho existem apenas 3 regras:

Regra número 1: colegas passam, mas inimigos são para sempre.
A chance de uma pessoa se lembrar de um favor que você fez a ela vai diminuindo à taxa de 20% ao ano. Cinco anos depois o favor será esquecido. Não adianta mais cobrar. Mas a chance de alguém se lembrar de uma desfeita se mantém estável, não importa quanto tempo passe. Exemplo: se você estendeu a mão para cumprimentar alguém em 1997 e a pessoa ignorou sua mão estendida, você ainda se lembra disso em 2007.

Regra número 2: A importância de um favor diminui com o tempo, enquanto a importância de uma desfeita aumenta.
Favor é como um investimento de curto prazo. Desfeita é como um empréstimo de longo prazo. Um dia ele será cobrado, e com juros.

Regra número 3: Um colega não é um amigo.
Colega é aquela pessoa que, durante algum tempo, parece um amigo. Muitas vezes, até parece o melhor amigo. mas isso só dura até um dos dois mudar de emprego. Amigo é aquela pessoa que liga para perguntar se você está precisando de alguma coisa. Ex-colega que parecia amigo é aquela pessoa que você liga para pedir alguma coisa e ela manda dizer que no momento não pode atender.

Durante sua carreira, uma pessoa normal terá a impressão de que fez um milhão de amigos e apenas meia dúzia de inimigos. Estatisticamente isso parece ótimo, mas não é. A "Lei da Perversidade Profissional" diz que, no futuro, quando você precisar de ajuda, é provável que quem mais poderia ajudá-lo seja exatamente um daqueles poucos inimigos.

Portanto, profissionalmente falando e pensando a longo prazo, o sucesso consiste, principalmente, em evitar fazer inimigos. Porque, por uma infeliz coincidência biológica, os poucos inimigos são exatamente aqueles que tem boa memória.

Saturday, December 08, 2007

Entendendo a Receita Oftalmológica

Postado no Blog Garimpando - Itajubá Notícias

Para quem nunca trabalhou com lentes, isso parece muito complexo de início, mas nao é verdade. É até muito simples. Dê primeiro uma lida geral. Depois vá devagar e tente entender cada idem. Não conseguindo, pare nele e tire sua dúvida, para depois passar para o outro item. Vá com calma e relaxado. Logo tudo ficará claro. Sem stress.

Interpretação da Receita

Recebemos a receita:
OD= +5.00-2.00 10º
Aqui se trata do grau do olho direito (OD) se do olho esquerdo seria OE.
Iniciamente temos um sinal, o +. Significa que se trata de um caso de hipermetropia, um problema corrigido com grau positivo, lentes esféricas positivas.
Temos então uma hipermetropia de +5.00 no olho direito.
A receita poderia terminar aí, mas temos uma combinação, ou seja: -2.00 a 10º. Significa que temos também um astigmatismo, um cilindro de 2.00 graus negativos colocado em um eixo de 10º de inclinação.
Essa lente então, que corrigirá o problema do paciente, seria composta por uma lente esférica de 5.00 graus, ou dioptrias. Em cima dessa lente seria polida, colocada outra, cilíndrica, no eixo 10º que corrige -2,00
Analisando essa lente, no eixo 100º ( contrário de 10º, ou 10+90º), temos uma lente de +5.00.
No eixo de 10º, o fornecido temos +5.00-2.00, ou seja, +3.00 dioptrias.


Outra receita:
OE= -5.50 -3.00 85º
Aqui o olho esquerdo é míope, corrigido com lentes negativas, de 5.50, mas tem também uma combinação: no eixo 85º tem uma lente cilíndrica de -3.00. Resumindo, e comparando com a receita de cima, temos, no eixo 175º ( contrario de 85º, ou 85º +90º ), uma lente de -5.50. Agora, no eixo assinalado temos uma soma das duas lentes, a esférica e a cilíndrica, -500 + (-300), ou seja, -8.00 dioptrias.



Se tivermos a receita
OD= P, ou 0, ou simplesmente não estiver nada marcado, quer dizer que essa lente é plana, sem grau.

No caso de aparecer uma lente com a graduação seguinte:
OD= +2.00 +2.00 20º
Esse é o sistema americano, que pouca gente usa. Fazemos a transposição, que é uma regra simples:
1) somamos esférico +cilíndrico
no caso +2.00+2.00 = +4.00
2) mantemos o cilindro, mas com sinal invertido, ou seja, ficamos com
+4.00 -2.00
3) Terminando, invertemos o eixo, ou seja, somamos ou diminuímos 90º ( se o grau apresentado for maior que 90º, diminuímos, se menor, somamos — se , somo no caso for 20º, somamos 90º - fica 110º.
Se fosse, por exemplo 120º, diminuiríamos. Ficaria 30º.
No caso, então:
OD=+2.00+2.00 20º = +4.00-2.00 110º
O modo de escrever é diferente, mas as lentes são exatamente as mesmas.

Outra lente:
+5.00 135º
significa que não temos esférico, que não existe nem hipermetropia e nem miopia, mas sim e só um astigmatismo positivo de 5.00 dioptrias a 135º.
Seguindo a regra da transposição, essa lente seria a mesma que
+5.00 ( soma de esférico=0 + cilindro=5.00), mantendo o sinal, pois deu positiva soma )
vamos manter o mesmo cilindro, 5.00, mas agora com sinal invertido (-5.00) e invertemos o eixo.
A lente + 5.00 135º é igual à lente +5.00-5.00 a 45º (135-90º)

É importante entender bem as lentes, sabendo qual a direção mais positiva, qual a mais negativa, porque usamos isso ao conferir, ao ler as lentes no lensômetro, ou lensmeter. Ao colocarmos a lente nele, primeiro a centramos bem. Quando a lente é esférica, positiva ou negativa, a leitura é direta. Quando tem astigmatismo, temos dois focos, um mais positivo e outro mais negativo. Tomamos primeiro a mais positiva, ou menos negativa, que é a mesma coisa. Depois a mais negativa (que dita o eixo ). Marcamos então o eixo. Por exemplo:
Caso A: o primeiro foco é com as linhas se inclinando para 130º e ficando nítidas com o giro em +2.75. O segundo foco é com as linhas se inclinando a 40º ( um foco, logicamente, é sempre perpendicular ao outro, ou seja, com uma diferença de 90º), e marcamos +1.25. Qual o grau da lente? É, logicamente:
+2.75 – 1,50 a 40º . E de onde surgir esse -1.50? Da diferença entre +2.75 e +1.25, os valores dos dois meredianos.
Caso B: o primeiro foco é com as linhas se inclinando a 25º e marcando -2.00. O segundo foco é com as linhas, logicamente se inclinando a 115º e marcando -1.00.
Quando o esférico? O -1.00, o segundo foco, pois é o mais positivo, ou menos negativo. E o cilindro é também -1.00, pois vem da diferença entre os dois meredianos, -2.00 e -1.00. O Eixo é o do lado mais negativo como sempre, ou seja, 25º. A lente é então:
-1.00-1.00 25º

Outro exemplo:
OE=-4.25 15º
Aqui não precisamos transposição porque o cilindro já está no negativo. Indica que não existe miopia ou hipermetropia, mas somente um cilindro negativo com ação de -4.25 a 15ºº. Na verdade essa colocação de cilindro é mais complexa, mas não é o caso de discutirmos agora.

Outro:
OD= -8.00
OE= +7.00
Indica que o olho direito tem uma miopia de 8 dioptrias e o olho esquerdo tem uma hipermetropia de 7.00 dioptrias. Provamente nunca encontraremos uma combinação assim, pois isso daria uma diferença de 15.00 dioprias entre um olho e outro e isso levaria a uma intolerância visual.



Bem, essas são as lentes de visão simples.
Podem ser incolores, e então de vários materiais, geralmente com especificação feita pelo medico oftalmologista: cristal ( vidro ), resina, policarbonato, etc.
As cores podem também variar, como rb 50 ( levemente esverdeadas ), color ((cor a escolher ), fotocromáticas ( cristal, variando, escurecendo, com a luz solar ), transitions ( fotocromáticas feitas em resina ).
As lentes podem ainda ser com AR ( banho anti-reflexo ), endurecidas (tratamento para diminuir a possibilidade de quebra ), com banho anti-UV, protegendo contra radiação ultravioleta, solares especiais, como G15, etc...
Quando as lentes tem graduação forte geralmente são grossas, ficando feias e desconfortáveis. Temos então as lentes high-lite, que, apesar de bem mais caras, diminuem bem a espessura no caso de altas miopias, e a miolight no caso de hipermetropias. A cada dia temos lançamentos de lentes diferentes, que os fabricantes garantem ser as melhores, mas temos de ver muito o custo-benefício, para o paciente.


Até os 40 anos essas lentes geralmente resolvem bem, mas depois disso, o sistema de foco dos olhos complica para perto, ou seja, o cristalino vai ficando endurecido e não consegue fazer o foco para perto. A pessoa vai afastando os livros para ler.
Se a pessoa não tiver grau para longe, a receita dela vem assim:
OD= +2.00
Isso significa que ela precisa de uma lente de +2.00 para poder ler à distancia padrão de 33 cm. Essa lente só dará visão nesse ponto. Se o paciente precisar de distancias diferentes, isso é incumbência do oftalmologista.
E essa receita:
OD= +2.00 -1.00 75º ad+1.50?
Analisando a primeira parte da receita, vamos ver que temos uma hipermetropia de +2.00, combinada com um astigmatismo de -1.00 a 75º. Temos então uma lente positica de +2.00 e sobre ela, no eixo de 75º temos um cilindro de 1.00. Refinando mais, notamos que no eixo de 165º temos 2.00 dioptrias e no eixo 75º temos 1.00 ( +2.00-1.00 ).
Mas e agora, essa adição de +1.50?
Significa que temos outro sistema de lentes, para perto, em que somamos +1.50 no esférico anterior, ou seja:
Temos para perto, no olho direito +3.50 (+2.00_+1.50 ) -1.00 75º
Comparando com o raciocínio anterior, temos a 165º uma lente de +3.50 e no eixo 75º temos +2.50, ou +3.50-1.00.

Temos vários modos de fazer essas lentes. Podemos faze-las separadamente, como lentes para longe e lentes para perto. Precisamos aqui de 2 pares de óculos.
Podemos fazer bifocais, onde, numa mesma lente temos o grau para longe e o grau para perto, como se fosse uma outra lente fundida na principal.
Temos, por exemplo:
1) panoptik, ou flat-top, com topo reto, em linha superior. Mais indicado quando a soma entre os esféricos e cilíndricos for negativa, como , por exemplo
OD= -1.00-1.25 70º adição +1.00
2) ultex, quando a soma entre os esféricos e cilindros for positiva, como, por exemplo
OD= +2.00-1.00 80º adição +1.25
3) temos ainda o kriptok, o “coringa”, que serve para os dois casos.

O tipo de bifocais geralmente vem especificado pelo medico.

Atualmente temos também as lentes multifocais, de vários tipos e vários preços. Algumas são melhores que outras, donde a diferença em valores, mas todas geralmente funcionam bem.
As multifocais podem também variar em materiais, com policarbonato, resina, etc, em cores e em marcas.
As multifocais tem a vantagem de dar a visão em praticamente todas as posições de mirada. A adaptação não é simples, e, alem da precisão da confecção das lentes, depende do “querer” do paciente, e do usar direto nos primeiros 15 dias.
A grande vantagem das multifocais é estética, também, pois não tem a divisão das bifocais, que dizem envelhecer os pacientes.