Monday, December 19, 2005

Ele está num cinema perto de você

KING KONG King Kong estreou no Brasil na última sexta 16. Em todo mundo, apesar de boa, a bilheteria está abaixo do que esperava a Universal. Bem cotado na avaliação dos associados do IMDB, a produção já figura entre as 250 mais bem votadas. O filme, com competente utilização de computação gráfica, consegue prender a atenção durante suas tres horas de duração. Tirando o surrealismo de algumas sequencias, como a corrida dos brontossauros junto com os humanos e uma belicosidade gratuita dos nativos da Ilha da Caveira, inexistente na versão de 1933, quando negociar parecia ser a melhor maneira de se resolver uma situação, a história desta vez dá destaque para a química que se desenvolve entre Ann Darrow (interpretada por Naomi Watts) e o monstro peludo. Naturalmente nada disso é levado em consideração pelo resto do mundo, resultando no final já conhecido há mais de setenta anos. Algumas sequencias se estendem além do desejável, como a do confronto de Kong com os Tiranossauros. Nas cenas de perseguição, a utilização de movimentos rápidos,  combinados com a instabilidade da câmera, não pareceram ser as melhores opções numa produção com um orçamento milionário dessa magnitude. É de se destacar a cuidadosa reconstituição de New York, no início da década de 30; quando, embalado pela voz de Al Jolson, o espectador é levado por ruas que trazem as marcas da grande depressão, ambiente propício para aqueles que, nada tendo a perder, resolvem embarcar numa viagem rumo ao desconhecido. Vale a pena dar uma chegada numa sala e assistir, agora já na terceira versão, King Kong.

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