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O personagem central, Rubião, havia proposto à casada, narcisista, interesseira, mas nunca adúltera, Sofia, um platônico encontro nas estrelas do Cruzeiro. Eles as contemplariam no mesmo instante, fazendo desaparecer qualquer distância que os separasse.
O livro transcorre descrevendo a dissintonia entre o interiorano Rubião e as sutilezas da vida social da cidade grande e sua incapacidade para interagir com a dubiedade de Sofia.
Rubião não percebe que seu único amigo real é o cachorro Quincas Borba, legado do filósofo homônimo que lhe deixara uma fortuna, esta objeto da cobiça daqueles que o cercam.
Progressivamente tomado pela loucura, Rubião perde o contato com a realidade. Morre, imaginando-se Napoleão III, após cingir uma coroa, criada no seu delírio e só por ele vista.
O cachorro, desvairado, foge em busca do dono morto, morrendo ele próprio três dias depois.
Machado dirige-se ao leitor conclamando-o a chorar os dois mortos, ou a rir-se, no caso de só possuir riso; tanto faz, pois como termina o livro: "O Cruzeiro, que a linda Sofia não quis fitar como lhe pedia Rubião, está assaz alto para não discernir os risos e as lágrimas dos homens."
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