![](http://photos1.blogger.com/blogger/3817/1959/320/tremdeprata98.0.jpg)
Por razões diversas, mas com implicações até certo ponto assemelhadas, o trem acha-se entregue, como os aviões da Vasp e da Transbrasil, à ação do tempo.
O glamour da viagem por ferrovia, com suas oito horas de duração, não resistiu à competição com a ponte-aérea, que em 50 minutos fazia a ligação Congonhas - Santos Dumont.
O trem, fabricado na década de 40 pela americana Budd, ligou as duas maiores cidades do Brasil entre 1994 e 1998, quando sua operação foi definitivamente paralizada.
Mesmo durante os anos de funcionamento já havia indícios que mostravam que a história não teria um final feliz: a passagem era cara, mais do que a da ponte-aérea, a precariedade da linha causava constantes atrasos e em S.Paulo o terminal era localizado em um local ermo e de difícil localização.
O aço inoxidável mantém a aparência externa, mas o interior registra os sinais dos oito anos sem cuidados e as marcas dos sucessivos roubos de peças e de componentes das cabines, como colchões e cadeiras de vime.
Hoje, o Trem de Prata, imóvel e abandonado, é um monumento à indiferença e ao descaso; tão nossos, tão brasileiros.
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